A leve sensação do turco

Depois de fazer o cocó, e na ausência dos tão amados toalhetes Dodot, recorro sempre à lavagem do bumbum. Por ainda não ter coragem para fazer depilação (até porque um cú macho quer-se é com pêlos) reside sempre o perigo das “bolinhas do rabo mal-lavado”. Como o bidé estava ocupado com os despojos da recente limpeza realizada aos confins do meu ninho, lá deambulei de calças arreiadas até à banheira onde, em posição fetal consegui iniciar o processo. Humm a frescura proporcionada pela aguinha a arrefecer calmamente o lançador de torpedos, isto enquanto, com a cabecita apoiada no lavatório tendo como base uma bela toalha cor de laranja, comprada a semana passada na feira de Odivelas naquela banca da cigana que dá 10 anos de garantia nas cuecas, que fica de fronte do ghandi que vende capinhas para Nokias a 2 aérios, tentava-me lembrar de onde tinha o corta-unhas, ao som do Paco Bandeira com o mais harmonioso dos sorrisos.
Naquele momento estava feliz, não há nada como o rabito bem limpinho e a leve sensação do turco!